“Toda pessoa que sente, em um grau qualquer, a influência dos espíritos, por isso mesmo, é médium. Esta faculdade é inerente ao homem e, por conseqüência, não é privilégio exclusivo; também são poucos nos quais não se encontrem os rudimentos dela. Todavia, usualmente, esta qualificação não se aplica senão àqueles nos quais a faculdade medianímica está nitidamente caracterizada, e se traduz por efeitos patentes de uma certa intensidade, o que depende, pois, de um organismo mais ou menos sensível.” LIVRO DOS MEDIUNS, Alan Kardec
A mediunidade é inerente a todos nós, ou seja, todo mundo tem uma certa propensão natural para sentir, sob diferentes formas, o mundo espiritual. A mediunidade, como um mecanismo da vida, surge em toda a parte e em todos os lugares damos e recebemos vibrações e adequamos tais vibrações de acordo com os recursos de que dispomos para sua manifestação. Em todos os setores de nossa vida constituímo-nos em instrumentos das forças a que nos imantamos, de acordo com os sentimentos e vibrações que emitimos, atraindo assim os elementos do invisível com os quais nos afinamos.
No entanto, a palavra médium diz respeito somente àquelas pessoas dotadas do poder de efeito físico para a transmissão do pensamento dos espíritos, seja por meio da escrita ou da palavra. São aquelas pessoas que apresentam uma mediunidade ostensiva e que podem produzir algum fenômeno de intercâmbio com o mundo espiritual, seja por meio da psicofonia, da psicografia, da vidência e de várias outras formas com que a mediunidade pode apresentar-se.
A mediunidade pode ser desenvolvida, mas para que ela possa se desenvolver necessita existir o fator orgânico.
Geralmente, as pessoas são encaminhadas ao desenvolvimento mediúnico quando apresentam ou sentem de forma ostensiva os efeitos que a mediunidade lhes causa, quando ela apresenta-se espontaneamente ou quando é indicado o seu desenvolvimento pelos amigos espirituais.
A mediunidade é uma faculdade neutra e não é causadora de problemas físicos e mentais mas, às vezes, quando a pessoa não consiga conviver adequadamente com sua exteriorização, precisa educá-la para que possa fluir sem problema. O desenvolvimento da mediunidade diz respeito à sua educação, à sua disciplina, ao ajuste de vibrações para adequá-la ao atendimento de irmãos desencarnados e para que só possa exteriorizar-se em ambientes adequados, como também ensina como lidar com irmãos sofredores, sem se deixar impregnar por suas vibrações doentias.O desenvolvimento da mediunidade não pode ser indicado a quem apresente distúrbios nervosos de qualquer ordem e nem problemas de saúde sérios. Antes de se iniciar o desenvolvimento da mediunidade é preciso o tratamento dos distúrbios porventura existentes, para que não interfiram no aprendizado mediúnico pois o médium, acima de tudo, deve ter boas condições físicas e mentais para o pleno exercício de sua faculdade.Na verdade, o desenvolvimento mediúnico é uma poderosa ferramenta para a educação da mediunidade, ou seja, permite que o médium tenha o domínio sobre sua faculdade, à medida em que suas dúvidas, seus receios e sua curiosidade são satisfeitos por meio de esclarecimentos dos espíritos e pelo estudo, fundamental para quem deseja fazer de sua mediunidade uma ponte verdadeira de ajuda e de intercâmbio com o mundo espiritual. O desenvolvimento mediúnico permite que os médiuns não caiam no fanatismo, envaideçam-se ou deixem-se enganar por espíritos perturbadores, além de lhes proporcionar uma visão mais lúcida e serena sobre o mundo espiritual.
Luz e Paz!!!
fonte: http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=02159
Nenhum comentário:
Postar um comentário